A Maersk tornou-se a primeira companhia a anunciar quanto cobrará aos clientes pela inclusão do shipping no esquema europeu de comércio de emissões (ETS).
A inclusão do shipping no ETS, com efeitos a partir de 2024, terá um impacto significativo nos custos da actividade, que terá de ser passado para os clientes. Em nome da transparência, a Maersk anunciou quanto pretenderá cobrar, como sobretaxa, já a partir do primeiro trimestre de 2023.
O valor das sobretaxas por FFE variará entre os 99 e os 213 euros nos casos de contentores dry, e entre os 149 e os 319 euros, no caso dos contentores reefer.
Para o cálculo das sobretaxas, a Maersk assumiu que o custo das licenças de emissões da UE rondará os 90 euros e que a obrigação da compra das licenças será efectiva a 100% (sem período de transição).
A proposta de inclusão do shipping no ETS que está sobre a mesa (o processo ainda não está fechado) prevê abranger de imediato 100% das emissões nas viagens intra-europeias e nas escalas nos portos europeus e 50% das emissões das viagens com origem ou destino nos portos europeus (100% a partir de 2027).