No arranque da Gemini Cooperation, em Fevereiro próximo, a Maersk espera ser capaz de realizar 500 mil movimentos de transphipment por semana.
A Maersk quer afirmar no transporte marítimo de contentores o conceito de hub-and-spoke com provas dadas, por exemplo, no transporte de encomendas.
Quando alguém envia uma encomenda da Europa para a América do Norte, ela é centralizada num hub no Velho Continente, daí enviada para um hub no Novo Continente, de onde é encaminhada para o destino final. Lars Mikael Jensen, director de Hubs da APM Terminals, dá o exemplo para ilustrar o modelo que a Maersk está a desenvolver para arrancar em Fevereiro de 2025, no âmbito da Gemini Cooperation (em parceria com a Hapag-Lloyd).
O plano de desenvolvimento dos hubs de transhipment da Maersk tem vindo a ser desenvolvido nos últimos três anos, refere Lars Mikael Jensen. Se tudo correr como previsto, em Fevereiro do próximo ano, a companhia poderá realizar 500 mil movimentos de transhipment por semana nos seus terminais, que para o efeito disporão de 19 quilómetros de cais, equipados com 200 pórticos.
A oferta da Gemini Cooperation, tal como foi anunciada em Janeiro passado, assenta numa rede compreensiva de serviços nos sete principais trade mundiais, complementada por serviços feeders, que farão a distribuição e a concentração dos contentores de e para os hubs.
Assim será possível, antecipa o director de Hubs da APM Terminals, garantir a flexibilidade das respostas às necessidades dos clientes, oferecendo-lhes umas seis mil combinações porto-a-porto.
Na sua apresentação num vídeo corporativo, Lars Mikael Jensen não adiantou quaisquer valores do investimento que estará a ser feito no reforço da capacidade dos terminais do grupo.