Os resultados da Maersk caíram a pique em 2023, face a 2022, mas este ano deverão mesmo ficar a zeros… no melhor cenário, avisou a companhia dinamarquesa.
A Maersk prevê atingir no final do exercício corrente um EBITDA entre 1 e 6 mil milhões de dólares e um EBIT entre -5 mil milhões de dólares e zero, assumindo que o mercado de shipping de contentores crescerá 2,5-4,5% (com a Maersk a acompanhar), que a crise no Mar Vermelho não se eternizará, e que a sobrecapacidade de oferta se fará sentir plenamente.
As projecções hoje apresentadas representam uma degradação face aos números (não auditados) de 2023. No ano passado, ficou a saber-se hoje, a Maersk registou um volume de negócios consolidado e 51,1 mil milhões de dólares (foram 81,5 mil milhões em 2022), um EBITDA de 9,6 mil milhões (36,8 mil milhões no exercício anterior) e um EBIT de 3,9 mil milhões (30,9 mil milhões).
O negócio do Ocean, por si, viu as receitas caírem de 64 para 33,7 mil milhões de dólares, o EBITDA passar de 33,8 para 6,9 mil milhões de dólares, e o EBIT afundar de 29,1 para 2,2 mil milhões de dólares.
E, no entanto, os volumes transportados até se mantiveram na casa dos 11,9 milhões de TEU. Mas os fretes médios caíram 50%, de 4 628 para 2 313 dólares. A margem EBIT passou de 45,3%, em 2022, para 6,6% em 2023.
A “boa” notícia é que os resultados finais ficaram acima do limite inferior dos intervalos anunciados em Agosto, quando a Maersk reviu em alta, precisamente, os limites inferiores dos intervalos do EBITDA e EBIT para 9,5 e 3,5 mil milhões de dólares, respectivamente.