A Maersk aposta cada vez mais nos contratos de longo prazo, de preferência por vários anos, negociados directamente com os carregadores, sem intervenção dos transitários.
Os volumes transportados baixaram, mas os lucros da Maersk cresceram no segundo trimestre. Até ao final do ano, os preços dos fretes dos fretes poderão até baixar, que isso não afectará os ganhos da companhia. É o resultado da aposta nos contratos de longo prazo, negociados em alta.
De acordo com Soren Skou, o CEO da Maersk, no final do segundo trimestre 71% dos volumes transportados correspondiam a contratos de longo prazo. A maioria, com uma validade de 12 meses, mas cada vez mais com um prazo de vários anos: 1,9 milhões de FEU (um crescimento homólogo de 900 mil TEU).
Mais: todos os contratos firmados até ao final ano foram-no a um preço médio 1 900 dólares/FEU acima do preço médio de há um ano.
Sem detalhar, o CEO da Maersk disse ainda que muitos dos contratos de longo praxo são agora negociados directamente com os carregadores, sem intervenção dos transitários, E que os contratos com os transitários são agora substancialmente diferentes, estabelecidos numa base de reserva de espaço (que se paga mesmo não utilizando).
Falando na sequência da apresentação dos resultados históricos (mais uns) do segundo trimestre, Soren Skou deixou também bem claro que a política de gestão da capacidade em função da procura é para manter.
“Disponibilizaremos aos nossos clientes a capacidade de que precisem, mas não utilizaremos toda a nossa capacidade a menos que seja necessária”, resumiu, deixando no ar a ideia de que a imobilização de navios ou a supressão de viagens ou escalas continuará,