Definitivamente, a HMM não integrará a aliança 2M com a Maersk Line e a MSC. O melhor que conseguiu foi uma parceria estratégia de partilha de capacidade, que poderá não ser suficiente para a companhia sul-coreana.
Quatro meses depois de ter surpreendido o mercado com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) para negociar a entrada na 2M, a HMM falha, pela segunda vez, a adesão a uma das alianças que arrancará em Abril do próximo ano.
Em comunicado, as partes envolvidas anunciaram uma “parceria estratégica” que, na prática, se traduzirá na partilha de capacidade, com troca de slots ou compra de slots entre a Maersk Line, a MSC e a HMM. O acordo, que entrará em vigor em Abril próximo e durará três anos (prorrogáveis), contemplará igualmente a transferência de alguns navios fretados, ou pelo menos dos respectivos contratos, da HMM para os parceiros da 2M.
A parceria estratégica cobrirá todos os principais tráfegos Leste-Oeste mas terá particular incidência no trans-Pacífico.
Falhada a entrada na THE Alliance, primeiro, e agora na 2M, a HMM fica agora numa posição difícil, e alguns analistas estimam mesmo que a sua sobrevivência passará por transformar-se numa operadora de nicho de mercado. Desde logo, falta saber como reagirão os credores da companhia sul-coreana, uma vez que a sua reestruturação financeira estava dependente da entrada numa aliança.