A Maersk prevê atingir este ano um EBITDA entre os 8 e os 11 mil milhões de dólares e um EBIT entre os 2 e os 5 mil milhões de dólares. Muito longe dos resultados históricos alcançados em 2022.
Cumpriu-se o que foi sendo anunciado – e melhorado – ao longo do ano: a Maersk anunciou os seus melhores resultados anuais de sempre, com um volume de receitas de 81,5 mil milhões de dólares (+32% face a 2021), um EBITDA de 36,8 mil milhões de dólares (+53%) e um EBIT de 30,9 mil milhões de dólares (+57%).
Sem surpresa, o negócio garantiu a fatia de leão dos resultados, com receitas de 64,3 mil milhões de dólares, um EBITDA de 33,8 mil milhões e um EBIT de 28,1 mil milhões.
No balanço anual de 2022, os volumes transportados recuaram 8,9%, para 11,9 milhões FFE, com a quebra a ser mais notada no Leste – Oeste (-10,9%), precisamente o principal mercado da Maersk. Contudo, os fretes médios compensaram com uma subida homóloga de 39% até aos 4 628 dólares/FFE (de novo, com destaque para o Leste – Oeste, onde a subida chegou aos 49%).
Mas no quarto trimestre o cenário já não foi tão glamoroso, com todos os principais indicadores referidos no vermelho, em termos homólogos. E desde logo com uma quebra de 14% nos volumes transportados e um recuo de 3,5 nas tarifas médias. Uma evolução que prenuncia um ano de 2023 mais desafiante.
Nas “guidances” para o novo ano, a Maersk prevê crescer em linha com o mercado mundial de transporte marítimo de contentores, que deverá evoluir entre -2,5% e +0,5%.
E com os custos a subir, a previsão para o final do exercício é de um EBITDA entre os 8 e os 11 mil milhões de dólares e um EBIT entre os e os 5 mil milhões de dólares.
Colocando as coisas em perspectiva, a Maersk lembra que uma variação (para mais ou para menos) de 100 dólares/FFE na tarifa média terá um impacto de 1,2 mil milhões de dólares no EBIT de 20223. Do mesmo modo que 100 mil FFE transportados a mais ou menos representa 100 milhões de dólares de EBIT, para cima ou para baixo.