O primeiro trimestre – com um lucro de 2,3 mil milhões de dólares – terá o sido melhor de 2023, antecipa a Maersk, face a um mercado sem sinais de recuperação à vista.
O lucro de 2,3 mil milhões de dólares obtido entre Janeiro e Março do ano corrente contrasta com os sete mil milhões de dólares conseguidos no mesmo período de 2022. Mas para o final do ano a Maersk prevê apenas um EBIT entre os 2 e os 5 mil milhões de dólares, nos antípodas dos 28,1 mil milhões alcançados em 2022.
A principal explicação – já se sabe – tem a ver com a deterioração dos fretes e da procura, que, de resto, já fez mossa no primeiro trimestre.
Até ao final de Março, a Maersk realizou um volume de negócios consolidado de 14,2 mil milhões de dólares ((19,3 mil milhões há um ano). O EBITDA foi de 3,97 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões) e o EBIT de 2,3 mil milhões (7,3 mil milhões).
O negócio Ocean garantiu, por si, 9,9 mil milhões de dólares de receitas (15,6 mil milhões), 3,4 mil milhões de EBITDA (8,2 mil milhões) e 1,97 mil milhões de EBIT (7,1 mil milhões).
Entre Janeiro e Março, os volumes transportados recuaram de 6 milhões de TEU para 5 milhões e os fretes médios de 2 276 dólares/TEU para 1 436.
Antecipando o futuro, o novo CEO da Maersk, Vincent Clerc, não vê um cenário optimista. Pelo contrário, disse, vendo o que foi ganho no primeiro trimestre e olhando para o que se prevê ganhar no final do ano, há reduzida margem para novos lucros.
Olhando ainda mais para o futuro, no pós-2M, o CEO rejeitou a entrada em novas alianças, basicamente porque os benefícios da escala “desapareceram”.
“Crescemos organicamente até uma dimensão que nos permite oferecer, sozinhos, o que uma aliança faria há oito anos. A aliança deu-nos escala, mas não nos deu a flexibilidade. Temos a desvantagem de sermos um 3PL com metade das cargas dos nossos clientes a bordo de navios de outros”, resumiu Vincent de Clerc.
O negócio da logística e serviços aumentou o volume de receitas no primeiro trimestre, mas ainda assim viu o EBIT reduzir-se. Na inversa, a área dos terminais reduziu as receitas mas passou de perdas de 73 milhões de dólares para ganhos de 207 milhões.
Mal seria para as empresas exportadoras que os fretes praticados nos anos de pandemia , tivessem continuidade .
O CEO da Maersk , nesses dois anos teve a maior faturação da historia do transporte marítimo , fazer comparações
nestes espaços temporais , ou é pura ganância ou ……. (sem mais comentários ) .