A Maersk Line quer aumentar a fiabilidade do seu serviço e reduzir o desperdício de capacidade. Para isso, prepara a adopção de uma política “do pau e da cenoura” a ser aplicada nos próximos 18 meses.
As medidas em estudo decorrem do novo paradigma, “The New Normal”, que a Maersk se propõe dinamizar em todo o sector do transporte marítimo de contentores.
Por exemplo, a questão da fiabilidade/pontualidade. “Actualmente entregamos 80% dos nossos contentores dentro do prazo. A média da indústria fica-se pelos 50%. O nosso objectivo é atingir os 95% de entregas a tempo e horas no final de 2012”, resumiu o CEO da companhia, citado pelo “Dow Jones Newswires”.
Para aumentar a pontualidade/fiabilidade, a companhia dinamarquesa dispõe-se a fazer o seu trabalho de casa. Mas também quer envolver os operadores de terminais, que Eivind Kolding responsabilizou por cerca de dois terços das entregas tardias
Ao mesmo tempo, a Maersk Line quer penalizar os clientes que não entregam a horas as cargas contratadas. O CEO da companhia referiu a propósito que cerca de 30% dos contentores não são entregues a tempo e horas, o que faz com que os navios partam sem eles. Um desperdício de capacidade, criticou.
Para convencer os clientes a cumprirem com o acordado, a Maersk Line pondera avançar com uma taxa de “protecção de carga”, que seria cobrada aos faltosos. Na inversa, os clientes que vissem os seus contentores ficar em terra por causa de “overbooking” seriam compensados. Kolding não quis fixar um valor, mas apontou para 100-200 dólares por contentor. Um preço não muito alto mas o suficiente para ter impacte nos comportamentos, concluiu.