O cumprimento das regras de emissões da IMO 2023 poderá implicar aumentar a capacidade de transporte de contentores em 5-15%, prevê o CEO da Maersk.
Falando na conferência de imprensa sobre os resultados da Maersk no segundo trimestre, Søren Skou referiu, a propósito da redução das emissões, que ela poderá ser conseguida, ou através de utilização de biocombustiveis, ou reduzindo a velocidade de navegação dos navios.
Acontece, lembrou, que os biocombustíveis são ainda escassos e caros, pelo que a opção mais óbvia será o slow steaming.
Com os navios a andarem mais devagar, serão precisos mais para transportar os mesmos volumes nos mesmos prazos. No caso da Maersk, caso seja a opção, tal implicará um aumento da capacidade da frota entre os 5% e os 15%, disse Søren Skou, sublinhando a dimensão do esforço.
As regras IMO 2023 pretendem reduzir a pegada carbónica dos navios em 40% (relativamente a 2008) até 2030.
O CEO da Maersk disse que na companhia ainda estão a avaliar o impacto das novas medidas, não havendo ainda decisões sobre as medidas a tomar e o seu calendário.
“O que entendemos é que realmente [as novas regras] começarão a ser aplicadas em 2024 e 2025. Portanto, o impacto no curto prazo pode ser muito limitado, mas no longo prazo será bastante significativo”, observou Søren Skou.