A Maersk Line anunciou hoje um prejuízo anual de cerca de 530 milhões de dólares em 2011, que compara com os ganhos de 2,6 mil milhões conseguidos em 2010. Os prejuízos deverão manter-se em 2012.
A companhia dinamarquesa justificou os resultados com a quebra do valor médio dos fretes (que no seu caso foi de 8%, relativamente ao exercício anterior) e a subida do preço do combustível, que chegou aos 35% em média. Factores que o aumento de 11% nos volumes transportados, para os 8,1 milhões de FEU, não conseguiu compensar.
Apesar do aumento global da capacidade (que penalizou os fretes, por causa da fraca procura), a Maersk Line conseguiu mais do que recuperar a sua quota de mercado, que ronda actualmente os 16%.
Para o ano corrente, a Maersk Line prevê manter-se no vermelho. Mas não avança um valor. Até porque os factores de incerteza são muitos. Uma variação de 10 dólares/barril no preço do combustível pode representar mais ou menos 100 milhões de dólares nos resultados do grupo, assim como mais ou menos 100 dólares/FEU no frete médio podem valer ou custar 900 milhões de dólares, exemplificou a número um mundial.
A companhia estima que este ano a procura global deverá crescer apenas entre 4% e 6% a nível mundial – menos no Ásia-Europa e mais no Norte-Sul. – Já a oferta de capacidade poderá crescer até 10%.
A Maersk anunciou há dias a redução em 9% da oferta de capacidade no Ásia-Europa, por causa da sobrecapacidade existente no mercado. Mas também avisou estar disposta para defender a sua quota de mercado por todos os meios.
Antes, a companhia já anunciara para 1 de Março um aumento de 775-800 dólares/TEU nos fretes FE-Europa. E entretanto divulgou novo aumento, de 400 dólares/TEU, para vigorar a partir de Abril.