A Maersk Line deverá voltar a registar um prejuízo este ano, avisou o chaiman do grupo AP Moller-Maersk. No ano passado, as perdas foram de 600 milhões de dólares.
O resultado negativo de 2012 será “consequência do excesso de capacidade”, disse. Michael Pram Rasmussen, que falava na assembleia geral de accionistas, não precisou os números esperados para o final do exercício, mas acrescentou que também os lucros do grupo serão menores que os verificados em 2011.
Depois de ter recuperado a quota de mercado, a Maersk Line está decidida a mantê-la Mas o foco principal é agora aumentar a rendibilidade das operações. O que será conseguido, “em parte com o aumento das tarifas, e em parte também através de poupanças e de ganhos de eficiência”.
No que toca às tarifas, Rasmussen disse que a companhia logrou aumentá-las em cerca de 1 000 dólares/TEU, em consequência dos aumentos de 750 dólares/TEU e de 400 dólares/TEU implementados em Março e Abril, respectivamente. Mas “haverá mais [aumentos]”, avisou.
Entretanto, a Maersk Line voltou a aceitar reservas de cargas do Norte da Europa para a Ásia, mas avisou os clientes que a pressão de falta de capacidade deverá manter-se ao longo de Abril e em Maio.
A companhia dinamarquesa suspendeu a aceitação de reservas em 20 de Março, alegando falta de capacidade para escoar todas as cargas do Norte da Europa para a Ásia. A medida foi por muitos entendida como uma forma de pressionar ao aumento das tarifas.