Animada pela evolução do mercado e pelos resultados do primeiro trimestre, a Maersk melhorou as estimativas para o final do ano.
O aumento da procura (nomeadamente no Ásia – Europa) e o aumento dos fretes médios em consequência da crise no Mar Vermelho / Golfo de Aden – que deverá prolongar-se pelo ano dentro – animam os responsáveis da Maersk a melhorarem as previsões para o ano corrente: o EBIT deverá agora situar-se entre os 2 mil milhões de dólares negativos e o zero (antes, falavam em -5 mil milhões / zero) e o EBITDA fixar-se entre os quatro e os seis mil milhões de dólares antes: 1 – 6 mil milhões de dólares).
No primeiro trimestre do ano, o negócio Ocean registou receitas de oito mil milhões de dólares (9,9 mil milhões no período homólogo de 2023), o EBITDA foi de 956 milhões de dólares (3,4 mil milhões de dólares) e o EBIT foi negativo em 161 milhões de dólares (1,97 mil milhões).
E, todavia, os volumes transportados cresceram 7,5%. Mas os fretes médios caíram 18% (mesmo se, face ao último trimestre de 2023, subiram 23%, por causa do aumento da procura e da crise do Mar Vermelho). E os custos operacionais subiram 17% (desde logo, por causa do desvio dos navios para a Rota do Cabo).
Só a aplicação do ETS implicou um sobrecusto de 44 milhões de dólares, avançou a Maersk. Que todavia não detalhou a receita da sobretaxa cobrada a propósito aos clientes.
Para o resto do exercício, as espectativas são de um crescimento do mercado mundial de shipping de contentores mais próximo do limiar superior do intervalo de 2,5-4,5%, com a Maersk a acompanhar o mercado. Ao mesmo tempo, os fretes deverão manter-se em alta, com o esperado prolongamento da instabilidade na região do Mar Vermelho.
Em termos globais, o grupo AP Moller Maersk registou no primeiro trimestre receitas de 12,4 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões há um ano), EBITDA de 1,6 mil milhões (3,97 mil milhões) e EBIT de 177 milhões de dólares (2,3 mil milhões).
O negócio dos Terminais teve o melhor comportamento, com crescimento em todos os indicadores (receitas, EBITDA e EBIT), resultado do aumento dos volumes movimentados (particularmente na Costa Oeste da América do Norte).