A Maersk anunciou hoje uma revisão em alta das previsões de resultados para o exercício, animada por um segundo trimestre que correu melhor que o esperado.
A melhoria das previsões apenas afecta o limite inferior dos intervalos anunciados anteriormente, mas ainda assim é significativa, até porque surge em contra corrente. A Maersk espera agora um EBITDA recorrente de 9,5 – 11 mil milhões de dólares (anteriormente, 8 – 11 mil milhões) e um EBIT recorrente de 3,5 – 5 mil milhões de dólares (anteriormente, 2 – 5 mil milhões).
No entanto, a companhia reviu em baixa a previsão de crescimento do mercado mundial de contentores, que, diz agora, deverá regredir entre -4% e -1%, quando a anterior previsão era entre -2,5% e +0,5%. E não espera fazer melhor que o mercado.
Do mesmo modo, o investimento de capital deverá situar-se no limite inferior dos intervalos anteriormente avançados, de 9 – 10 mil milhões de dólares para 2022-2023 e de 10 – 11 mil milhões em 2023-2024, acrescentou.
Em termos consolidados, o segundo trimestre resultou melhor que o esperado, com as receitas a situarem-se nos 13 mil milhões de dólares (21,7 mil milhões no período homólogo de 2022) e uma rendibilidade de 12,4% (41,5%).
No negócio Ocean, as receitas caíram para metade (8,7 mil milhões de dólares vs. 17,4 mil milhões), com a quebra dos volumes (2,9 milhões de TEU vs. 3,1 milhões) e das tarifas médias (2 444 dólares vs. 4 983). O EBITDA ficou-se nos 2.3 mil milhões de dólares (9,6 mil milhões há um ano) e o EBIT nos 1,2 mil milhões (8,5 mil milhões).
Sem surpresa, os serviços logísticos aguentaram-se melhor, tendo feito 3,4 mil milhões de dólares de receitas (3,5 mil milhões no período homólogo), 311 milhões de EBITDA (33 milhões) e 115 milhões milhões de EBIT (234 milhões).
No acumulado do primeiro semestre, a Maersk atingiu receitas consolidadas de 27,2 mil milhões de dólares (40,9 mil milhões há um ano) e uma margem operacional de 14,5% (39,7%).
No negócio Ocean, as receitas totalizaram 15,8 mil milhões de dólares (28,9 mil milhões no período homólogo), com uma margem operacional de 17,1% (47,3%). Os volumes ficaram-se nos 5,6 milhões de TEU (6,1 milhões) e a tarifa média nos 2 651 dólares (4 771).