A Maersk baptizou o primeiro porta-contentores a metanol e vai produzir o novo combustível, mas o CEO já pensa no que virá a seguir na descarbonização.
No dia em que baptizou o primeiro navio porta-contentores do mundo a metanol, a Maersk anunciou a criação de uma empresa para produzir o novo combustível, mas o seu CEO avisou que não pretende apostar tudo naquela solução.
Como previsto, o Laura Maersk (tal como o primeiro navio da companhia, em 1886) foi baptizado em Copenhaga, apadrinhado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Com 172 metros de comprimento e uma capacidade de transporte de 2 136 TEU, o Laura Maersk irá operar no short sea europeu, em particular no Báltico.
Entrertanto, a Maersk e o seu principal accionista, a AP Moller Holdinmg, anunciaram a criação da C2X, companhia que se dedicará em exclusivo à produção de metanol verde, com instalações previstas para próximo do Canal do Suez e no porto de Huelva, entre outras localizações.
O objectivo é, desde logo, garantir o abastecimento dos navios da companhia dinamarquesa (tem encomendados 25), uma vez que a oferta actual não chega para as necessidades.
O metanol verde permite uma redução de emissões de CO2 entre os 60% e os 95% face aos combustíveis tradicionais. Actualmente, contam-se mais de 100 porta-contentores a metanol encomendados, com a DNV a prever que a frota em operação ultrapassará as 200 unidades em 2028.
Apesar da aposta no metanol, Vincent Clerc, CEO da Maersk recusa que este seja “o” combustível do futuro. “Não vamos apostar tudo no metanol”, disse aos jornalistas, citado pela “Reuters”.
“É muito possível que no decurso dos próximos anos surja uma nova tecnologia” para a transição energética do shipping, acrescentou