O grupo AP Moller-Maersk prevê para este ano lucros de cinco mil milhões de dólares, que superam o anterior recorde de 4,7 mil milhões, registado em 2004.
No ano passado, e pela primeira vez na sua história, o conglomerado dinamarquês reportou perdas, muito por culpa do negócio do transporte marítimo de contentores. Agora, é precisamente essa a actividade que está a alavancar os lucros, a par da redução de custos.
A Maersk Line atingiu nos primeiros nove meses do ano um lucro de 2,25 mil milhões de dólares e um volume de negócios de 19,5 mil milhões. No mesmo período, em 2009, a ompanhia registou um prejuízo de 1,59 mil milhões de dólares e vendas de 14,6 mil milhões.
O número de contentores transportados aumentou 7% e a receita média por FEU (incluindo as sobretaxas de combustível) subiu 34% para os 3 075 dólares.
A Maersk Line beneficiou da rápida recuperação do sector, mas também dos cortes drásticos nos custos operacionais. O objectivo dos 500 milhões de dólares de poupanças já foi atingido, pelo que a nova meta para o final do exercício está nos mil milhões.
O enfoque nos custos é para manter, independentemente da evolução dos fretes, avisa a Maersk. Até porque é expectável um abrandamento da actividade no quarto trimestre, pelo efeito combinado da sazonalidade e do arrefecimento de algumas economias.
A Maersk Line, número um mundial no transporte marítimo de contentores, opera com uma frota de 560 navios.
Para o próximo ano, a companhia prevê um crescimento global do mercado na casa dos 6%. E diz-se pronta para se expandir.