A Maersk prevê repetir este ano os lucros de 2021. E anunciou mais uma compra milionária, agora nos EUA.
A Maersk confirmou hoje, na apresentação dos resultados anuais, ter obtido em 2021 um EBITDA de 24 mil milhões de dólares, quase três vezes mais do que o conseguido em 2020.
Tanto ou mais importante, a gigante dinamarquesa prevê repetir no exercício de 2022 o EBITDA de 24 mil milhões de dólares e atingir um EBIT de 19 mil milhões. Justificação: o actual estado do mercado deverá manter-se, pelo menos, durante o segundo trimestre. E o mercado de transporte marítimo de contentores deverá subir 2-4%, em linha com a procura.
O negócio Ocean, o mais significativo do grupo, atingiu em 2021 um EBIT de 17,96 mil milhões de dólares (foram 3,2 mil milhões em 2020), com a margem a galgar dos 11% para os 37,2%.
Fruto da elevada procura e da escassa capacidade (também devida à disrupção nas cadeias logísticas), o frete médio subiu 66%, em termos homólogos, de 2 000 dólares para 3 318 dólares/FEU. E, todavia, os volumes sujeitos a contratos de longo prazo subiram, de 50% para 65%, tornando-os imunes às oscilações do mercado spot, mas querendo significar também que os contratos foram negociados em alta.
Com os cofres cheios, a Maersk prossegue a sua ida às compras, com o fito de integrar ao máximo toda a cadeia de abastecimento.
Hoje mesmo, a apresentação dos resultados anuais ficou também marcada pelo anúncio de mais uma compra. Desta feita, a visada foi a Pilot Freight Services, num negócio avaliado em 1,68 mil milhões de dólares.
Trata-se de uma companhia norte-americana, especializada em serviços de first, middle e last mile e transfronteiriços, especializada nos segmentos B2C e B2B, com uma rede de 87 plataformas e hubs.