O futuro da Maersk passa pela integração plena dos negócios Ocean e Logistics, defendeu o CEO da companhia, Vincent Clerc.
A Maersk não procurará novas alianças quando terminar a parceria com a MSC na 2M., garantiu o CEO da companhia após a apresentação dos resulados anuais.
“Hoje há três grandes networks no Leste-Oeste e no futuro haverá quatro”, resumiu Vincent Clerc, recusando a ideia de uma “dança de cadeiras” em que todos procuram novos parceiros.
Para o CEO da Maersk, a participação numa aliança de partilha de navios (VSA) “não é compatível” com a estratégia de evoluir para um integrador global.
“O futuro para nós não é ter um negócio Ocean separado do negócio Logistics, mas antes ter o nosso negócio Ocean totalmente integrado no Logistics. E para isso, precisamos de ter muito mais controlo operacional do serviço que oferecemos aos clientes”, resumiu.
Por isso, concedeu, o facto de o fim da aliança 2M só estar anunciado para 2025 representa, em si mesmo, um contratempo para a rápida implementação dos planos, E por isso, adiantou, haverá negociações com a MSC sobre “algumas medidas que possamos implementar no seio da aliança e que nos permitam testar e progredir no que queremos fazer”.
Apesar dos tempos mais difíceis que se avizinham, o CEO da Maersk admite novas idas às compras, sempre na lógica de integral vertical, mas descartou um interesse imediato na compra da DB Schenker.