O primeiro trimestre de 2022 foi o melhor da história da Maersk, suportado pelo aumento dos fretes, anunciou Soren Skou, o CEO do grupo dinamarquês.
A Maersk registou nos primeiros três meses do ano um volume de receitas de 19,3 mil milhões de dólares, 55% acima do registado no período homólogo de 2021.
No negócio Ocean, a subida chegou mesmo aos 64%, apesar de os volumes transportados terem caído 6,7%. A explicação reside, essencialmente, no aumento dos fretes praticados (quer no mercado spot, quer nos contratos entretanto renegociados em alta). A receita média por contentor cresceu 65% e tocou os 4 553 dólares (2 662 há um ano). No East-West, a subida homóloga foi de 83,6%.
Em consequência, o negócio Ocean atingiu uma margem de EBITDA de 52,8% (36,3% há um ano) e uma margem de EBIT de 45,4% (28,5%, idem).
Em termos globais, a Maersk alcanou no primeiro trimestre um lucro de 7,5 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões há um ano), um EBITDA de 9,1 mil milhões (4 mil milhões) e um EBIT de 7,3 mil milhões (3,1 mil milhões).
E os resultados poderiam ter sido ainda ligeiramente melhores não fossem as perdas de 718 milhões de dólares contabilizadas na Rússia, um mercado que a Maersk decidiu abandonar, estando vendedora da posição de 30,7% que detém na Global Ports Investment.
Para o final do exercício, já se sabia, a Maersk aponta à melhoria dos resultados recordes de 2021, com um EBITDA de 30 mil milhões de dólares) e um EBIT de 24 mil milhões de dólares. Isto assumindo que o negócio Ocean normalizará no princípio do segundo semestre.