A Maersk Line anunciou um corte de 9% na capacidade nos tráfegos Ásia-Europa. mediante a renovação dos serviços que partilha com a CMA CGM, no Ásia-West Med. A companhia não exercerá a opção para mais dez navios Triple-E.
Em comunicado hoje emitido, a Maersk sustenta que o excesso de capacidade no Ásia-Europa atirou os fretes para níveis insustentáveis. E daí a decisão de reduzir a sua oferta em 9%.
No entanto, a número um mundial vinca que não pretende abdicar da quota de mercado que ganhou nos últimos dois anos. O comunicado não deixa dúvidas, quando nele se diz que “defenderemos a nossa market share a qualquer preço”.
Com a redução da oferta, a Maersk espera aumentar a taxa de ocupação dos seus restantes navios e, logo, aumentar os resultados operacionais.
Invocando as previsões da Alphaliner para a evolução do mercado no Ásia-Europa, a Maersk admite recorrer ainda a outras formas de redução da oferta: a devolução de navios fretados, a imobilização de outros e o slow-steaming. Fora de causa, em definitivo, está o exercício da opção por mais dez navios de 18 000 TEU (os Triple-E).
Para a redução da oferta contribuirá o redesenho da parceria com a CMA CGM para as ligações Ásia-West Med.
A partir de Abril, as duas companhias substituirão a actual oferta por dois novos serviços, o AE11/MEX1 e o AE20/MEX3, o primeiro com uma capacidade semanal de 12 500 TEU, e o segundo oferecendo 9 500 TEU/semana.