A Maersk anunciou hoje que operará o primeiro navio de emissões zero, alimentado a metanol, em 2023.
O navio em causa será um porta-contentores de 2 000 TEU de capacidade, que será alinhado nos serviços intra-regionais da Maersk, provavelmente na Europa.
A encomenda do navio será colocada ainda este ano. O design do conceito está completo, estando-se agora na fase de escolha dos fornecedores dos equipamentos e do estaleiro que assegurará a construção.
O novo navio da Maersk poderá operar alimentado a VLSFO, mas a ideia é mesmo que consuma apenas e-metanol ou bio-metanol, assim eliminando as emissões de CO2.
No comunicado emitido a propósito, a companhia dinamarquesa reconhece as dificuldades intrínsecas ao projecto, ao nível dos equipamentos e do fornecimento do combustível, mas sustenta que a iniciativa é a melhor forma de forçar o acelerar o processo de descarbonização.
No âmbito do estratégia de descarbonização, a Maersk anunciou também hoje que todos os novos navios a encomendas serão dual-fuel. O metanol e o amoníaco são as apostas em termos de combustíveis de futuro.
A Maersk pretende operar o primeiro navio feeder zero emissões em 2023, reduzir as emissões do shipping em 60% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050.
O Metanol é um álcool que pode ser utilizado como combustível à pressão e temperatura ambiente em toda a cadeia logística do fuel fóssil pode com alterações mínimas ser utilizado para o seu abastecimento.
A eficiência energética é cerca de metade dos combustíveis fosseis e mais corrosivo daí as necessidades de alterações no sistema logístico.
Pode ser facilmente produzido no local de consumo através da tecnologia Electrogás da GYSF a preços competitivos com os combustíveis fosseis.
Através de processos catalíticos todo e qualquer plástico biodegradável pode ser também facilmente produzido .
“Beyond oil and Gas: The Methanol Economy” escrito pelo Professor Emeritus George Olah prémio Nobel da Química 2007. Vale a pena ler