Os cinco maiores players no transporte marítimo de contentores já controlam 53,3% da frota mundial, em termos de capacidade, e esse predomínio deverá aumentar nos próximos tempos e aproximar-se dos 60%.
A frota mundial de navios porta-contentores celulares conta actualmente 5 103 navios, com uma capacidade global de 20,2 milhões de TEU, de acordo com os mais recentes dados da Alphaliner.
Os cinco primeiros do ranking de operadores elaborado pela consultora concentram o equivalente a 53,3% do mercado.
A APM-Maersk é a única a superar os três milhões de TEU (3,28 milhões) e lidera com 15,9% de quota. A MSC conta 2,94 milhões de TEU e é segunda com 14,2%. A CMA CGM é terceira com 10,4%, ou 2,14 milhões de TEU. Mais longe, a Cosco controla 8% do mercado (1,64 milhões de TEU). E mais longe ainda, a Evergreen soma 991 mil TEU, equivalentes a 4,8% do total mundial.
Fusões e aquisições acentuam tendência
O nível de concentração no sector deverá agravar-se ainda nos próximos tempos, assim se concretizem as anunciadas aquisições da Hamburg Süd pela Maersk e da UASC pela Hapag-Lloyd. No primeiro caso, a companhia e a marca germânicas deverão manter-se; no segundo, a UASC desaparecerá.
Fruto destas aquisições, a Evergreen cederá o quinto posto do ranking à Hapag-Lloyd, que passará a deter uma quota de mercado de 7,2%, com o equivalente a 1,49 milhões de TEU. E a Maersk ampliará a sua liderança com os 2,9% do mercado (589 mil TEU) controlados pela Hamburg Süd.
E assim, os cinco primeiros players mundiais passarão a controlar o equivalente a 58,6% da capacidade de transporte marítimo de contentores à escala global.
… e encomendas também
Olhando para a carteira de encomendas de novos porta-contentores, fácil é perceber que o domínio dos gigantes mundiais tenderá a acentuar-se face aos demais, tal a discrepância de compras.
A Cosco lidera nas encomendas, com um total de 542,7 mil TEU (33 navios encomendados), seguida da Maersk com 376 mil TEU para entrega (27 navios, entre eles os novos Triple E) e da Evergreen com 324 mil TEU (36 navios). A MSC aguarda a entrega de 20 navios (237 mil TEU) e a CMA CGM espera 23 unidades (234 mil TEU).
A Hapag-Lloyd apenas tem um navio encomendado (e a UASC dois) mas isso não resultará na perda do seu quinto lugar no ranking.
Obviamente, uma parte incerta das encomendas destinar-se-á a substituir capacidade existente, mas nada que deva alterar o alinhamento existente. Tanto mais que, também nas encomendas, a distância para os demais players é substancial. Apenas mais quatro têm encomendados mais de 100 mil TEU, sendo o máximo 154 mil (da NYK).