A MAIS Madeira Air completa cinco anos de operação regular do cargueiro entre Lisboa e o Funchal com uma taxa de ocupação “acima dos 90%”, adiantou o CEO da empresa ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Foi a 25 de Julho de 2017 que a MAIS levantou voo, com um ATR da Swiftair, com capacidade para transportar cerca de cinco toneladas de carga. Hoje, cinco anos volvidos, a operação mantém-se, “de terça-feira a sábado”. com uma taxa de ocupação “acima dos 90%”, afirma António Beirão, desde a primeira hora o rosto do projecto e um dos seus principais mentores.
Entretanto, a oferta de capacidade aumentou para “as sete toneladas” e houve alturas em que, a pedido dos clientes, até se realizaram dois voos diários entre o continente e a Madeira.
Picos de procura à parte, António Beirão e a MAIS destacam a regularidade da operação, que dá confiança ao mercado. Em cinco anos, apenas por duas vezes foram canceladas as ligações, não sendo raras as vezes em que o pequeno avião da companhia foi o único a pisar a pista do aeroporto Cristiano Ronaldo.
Para a história destes cinco anos ficam também os voos de emergência entre o Funchal e Porto Santo, em substituição das ligações por mar, no último Inverno, e, claro, o esforço feito para ajudar ao encaminhamento da equipamentos e consumíveis para o combate à pandemia na região autónoma.
Na hora de comemorar, os responsáveis da companhia não esquecem o apoio do Governo Regional e, claro, os clientes locais e do continente. Também por isso, sublinha António Beirão, “não subimos os preços desde o início da operação. E só agora, por causa da alta do preço do combustível, introduzimos uma sobretaxa, que é revista quinzenalmente”.
Em mais uma demonstração de compromisso com a região, a MAIS anuncia a mudança da sede para a Madeira e a abertura na região de uma delegação da Swiftair.
Mas se a operação da Madeira está consolidada como uma caso de sucesso, garante o CEO, o mesmo não se passa com os Açores. Os voos regulares, iniciados em Dezembro de 2018, estão de momento “suspensos por razões comerciais”, diz António Beirão, sem detalhar. “Vamos realizando alguns voos, e esperamos que as condições melhorem para retomarmos as operações regulares”. No entretanto, garante, “a região sofre com a falta de capacidade para a carga”.