As marinas e portos de recreio portugueses poderão superar este ano os 70 milhões de euros de receitas, antecipa um estudo realizado pela associação do sector.
O estudo, promovido pela Associação Portuguesa dos Portos de Recreio (APPR) e apresentado na Conferência Mundial de Marinas, que decorre em Vilamoura, concluiu que em 2022 o sector atingiu receitas de 60 milhões de euros (num crescimento de 19% face a 2021), e que nos primeiros sete meses deste ano continuou a crescer acima de 10%. Daí a previsão de superar os 70 milhões de receitas no final do ano.
De acordo com o levantamento feito, em Portugal existem cerca de 12 800 postos de amarração, dos quais cerca de um terço no Algarve, 26% em Lisboa e na região Centro e os restantes no Norte, Açores e Madeira.
As taxas de ocupação rondam os 90%, no Algarve e na região de Lisboa, sendo os visitantes maioritariamente de Portugal, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Suécia e Espanha.
Na apresentação do estudo, Isolete Correia, presidente da APPR e directora da Marina de Vilamoura, deu conta do crescimento de 44% nas emissões de licenças de marinheiro, entre 2019 e 2022 face a 2018, e de um aumento de 47% no volume de negócios anual das empresas de construção de embarcações de recreio e desporto, para uma média de 137 milhões de euros.