O prolongamento do quebra-mar de Leixões deverá esperar pela avaliação do impacte ambiental das outras obras relacionadas, sustenta a Câmara de Matosinhos.
O Executivo municipal de Matosinhos defende que não deve haver adjudicação do quebra-mar sem as declarações de impacte ambiental (DIA) das restantes obras de ampliação do porto de Leixões, isto é, o aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal de contentores no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.
“Não estamos de acordo com a adjudicação da empreitada [prolongamento do quebra-mar] sem que estejam dadas as garantias sobre o impacto ambiental do conjunto dos investimentos”, defendeu a presidente da edilidade, Luísa Salgueiro, na sessão extraordinária da Assembleia Municipal, que se realizou ontem à noite e que teve como ponto único a discussão das obras em Leixões.
“Não estamos de acordo com a adjudicação sem termos as garantias todas”, sublinhou.
Em Janeiro, a APDL anunciou à “Lusa” que o concurso para o prolongamento do quebra-mar de Leixões tinha recebido duas propostas e que a adjudicação da empreitada deveria acontecer em Fevereiro.
Dizendo que este anúncio da administração portuária fez “soar o alarme”, Luísa Salgueiro assumiu que o Executivo não vai mudar a sua posição.
A sessão de ontem durou mais de três horas e nela estiveram presentes os administradores da APDL.