A Medway é a única candidata a gerir os terminais ferroviários da plataforma logística de Badajoz e das áreas empresariais Expacio Merida e Expacio Navalmoral, na Extremadura.
O prazo para a apresentação de propostas terminou no passado dia 29 de Março e a Medway Terminals foi a única a candidatar-se a ser sócia do governo regional na Extremadura Avante Logística, S.A., a empresa que assumirá a gestão dos três terminais.
De acordo com os termos do concurso, o capital da gestora dos terminais será detida em 51% pelo governo regional e em 49% pelo parceiro privado. A sociedade deterá a concessão da exploração dos terminais por um prazo inicial de 15 anos, com possibilidade de três prorrogações por cinco anos.
Na prática, a Medway actuará como sócio industrial, uma vez que detém o know-how na operação de terminais ferroviários em Sines, Bobadela, Entroncamento e Aveiro.
Os termos da proposta da Medway Terminals não são conhecidos. Mas o que se sabe é que o candidato privado terá de garantir a realização de um mínimo de seis comboios por semana em cada um dos terminais nos primeiros dez anos, e que terá de duplicar esses números até ao final dos 15 anos. A partir daí, nas eventuais prorrogações, o número de comboios a realizar terá de continuar a aumentar até chegar cerca das 28 composições semanais.
Ao mesmo tempo, e ainda de acordo com os termos do concurso revelados pelo “em Periódico”, o candidato terá assumir o compromisso de investir pelo menos um milhão de euros em cada um dos três terminais nos primeiros dez anos da concessão.
A concessão compreende os serviços de carga e descarga e armazenamento de contentores, e manutenção/reparação dos mesmos. O valor estimado do contrato é de 137 milhões de euros para o período de 30 anos, considerando as taxas praticadas actualmente pela Adif.
As obras de construção dos três terminais ferroviários de Badajoz, Mérida e Navalmoral estão próximas de conclusão, Nelas, a Junta da Extremadura investiu 50,6 milhões de euros.
A Medway, recorde-se, é uma das três companhias finalistas no concurso para a “privatização” da Renfe Mercancías.