Com a contratação de 16 locomotivas e 113 vagões e a construção do terminal de Lousado, a Medway mais do que duplicará os investimentos na ferrovia.
A compra das 16 locomotivas Stadler e dos 113 vagões Tatravakonga, formalizada na passada sexta-feira, representará um investimento de 93 milhões de euros. Para o terminal de Lousado estão previstos 63 milhões. Serão mais de 150 milhões de euros a somar aos 130 milhões que a Medway investiu desde o início da operação, em 2016, como lembrou Bruno Silva, director-geral da empresa.
As 16 locomotivas agora contratadas são da série Euro6000 da Stadler. Trata-se de locomotivas eléctricas bitensão e interoperáveis e, por isso, capazes de circular indistintamente em Portugal como em Espanha. Estarão ainda preparadas para uma futura adaptação à bitola UIC.
Os novos equipamentos, com seis eixos e uma capacidade de tracção optimizada até 500 KN de esforço de tracção, permitirão puxar comboios mais longos e mais pesados, tirando assim o melhor partido da modernização em curso da rede ferroviária portuguesa, que permitirá a circulação de comboios de até 750 metros nos principais eixos, mas mantendo o essencial das pendentes.
A Medway detém uma frota de 69 locomotivas (35 eléctricas e 34 a diesel). As novas locomotivas deverão substituir alguns equipamentos a diesel, mas sobretudo representarão um importante reforço da capacidade de realizar comboios, a pensar sobretudo no mercado espanhol, onde a operar aposta em captar novos tráfegos.
As entregas das locomotivas agora contratadas deverão acontecer entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024.
“Este investimento traduz o compromisso da Medway no esforço de melhorar a sua actividade e eficiência, de modo a corresponder aos desafios que hoje se colocam para fazer face ao programa de expansão em que estamos envolvidos, às exigências da descarbonização e da economia sustentável e, sobretudo, para corresponder às necessidades dos clientes e das suas cadeias logísticas”, sintetizou o director-geral da operadora no decurso da cerimónia de assinatura dos contratos.
O ministro Pedro Nuno Santos e o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, estiveram presentes na cerimónia.