A Medway (ex-CP Carga) assinou ontem o novo Acordo de Empresa (AE) com 13 dos 14 sindicatos representados na empresa. Com o dos maquinistas “está um pouquinho mais demorado”, reconheceu Carlos Vasconcelos.
Com a compra da CP Carga, a MSC herdou o AE da empresa, que na prática era uma extensão do acordo em vigor na CP.
O novo acordo, ontem assinado, é o resultado de um processo de negociações que se prolongou por cerca de dois anos, mas que chegou a bom porto, pelo menos com 13 dos 14 sindicatos ferroviários: ASCEF, FENTCOP, SIFA, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SINFESE, SIOFA, SITRENS, SNAQ, SNTSF, STF.
“Este é um importante passo para a empresa pois reflecte o espírito de entendimento e cooperação que sempre defendemos. Estamos extremamente contentes com a adesão dos sindicatos, o que revela um elevado clima de cooperação e responsabilidade entre todas as partes. Esperamos poder continuar a contar com a colaboração de todos para nos apoiarem e ajudarem no futuro”, comentou a propósito Carlos Vasconcelos, CEO da operadora, citado pela assessoria de imprensa.
“Esta é uma meta estabelecida desde a aquisição da Medway, em Janeiro de 2016, por isso, este Acordo é, para nós, um motivo especial de regozijo. É também um ponto de partida, para que possamos, em conjunto, trabalhar para construir um futuro melhor para a empresa, tornando-a mais sustentável, com benefícios para quem nela trabalha, para os seus clientes e para a economia nacional, em geral”, acrescentou.
Já ontem, em entrevista ao “Público”, o gestor destacara a paz social vivida na empresa, atribuindo o mérito ao “empenho dos nossos colaboradores em fazer a empresa andar. Não fomos nós que conseguimos nada. São as pessoas que cá trabalham”.
Ausente no acto de assinatura do novo AE esteve o sindicato dos maquinistas. Ao “Público”, Carlos Vasconcelos já reconhecera que no acordo com os sindicatos a “excepção são os maquinistas, que têm um acordo à parte e que está um pouquinho mais demorado”. Resta saber quanto.