Apesar do acordo com a TAP e da não oposição do Tribunal de Contas, a Menzies Aviation ainda pode desistir da compra da Groundforce. Em Setembro se saberá.
O “aviso” foi deixado pelo presidente da Menzies Aviation em declarações ao “Negócios”: “Se não sentirmos que estamos a trazer valor para o sector em Portugal e não cumprirmos os critérios de investimento para os nossos ‘shareholders’, podemos desistir” da compra da maioria da Groundforce.
Hassan El-Houry referia-se aos termos do plano de recuperação da empresa que o administrador de insolvência terá de apresentar à assembleia de credores, prevista para Setembro. Só depois da sua aprovação é que a Menzies Aviation entrará na operadora de handling.
Mas as coisa estarão bem encaminhadas, ao cabo de mais de dois anos de negociações, e até porque “não está no nosso ADN desistir”, sublinhou Hassan El-Houry.
Os planos da Menzies para a Groundorce passam pela digitalização das operações – “hoje há muita coisa que é feita com papel na Groundforce. Na Menzies, tudo é feito com smartphones ou tablets” -, pela formação do pessoal e pela mudança de marca.
No imediato, a Menzies Aviation ficará com 50,1% da Groundorce (a posição que era controlada por Alfredo Casimiro) e a TAP, SGPS com os restantes 49,9%.
O reforço da posição no capital da empresa de handling está previsto no acordo celebrado, mas a acontecer só será “num futuro muito longínquo”, referiu Hassan El-Houry.
A venda da posição da TAP na Groundforce é uma das condições impostas pela Comissão Europeia no âmbito do processo de reestruturação da companhia.