O mercado internacional da carga aérea voltou a degradar-se em Maio, com uma quebra de 2,2% relativamente ao mês homólogo de 2011 e de cerca 0,5% comparativamente com Abril, anunciou a IATA.
O efeito positivo da baixa do preço do crude está, afinal, a ser contrariado pelo abrandamento da procura na carga aérea. E não admira que assim seja, uma vez que o alívio da cotação do petróleo é em boa parte determinado pelos receios relativamente à evolução da crise europeia.
As companhias aéreas europeias continuam, de resto, a ser as mais castigadas pela fraca procura. Em Maio, os volumes transportados caíram 5,9% em termos homólogos, ao passo que a oferta de capacidade (muito determinada pelo negócio das passagens) aumentou 0,9%.
Mal continuam também as operadoras da Ásia-Pacífico. Ali, a procura quebrou 4,9% em Maio, mas o efeito foi ligeiramente minorado pela redução de 2,2% na capacidade.
Em forte alta continuou a região do Médio Oriente, com um aumento homólogo da procura de 12,5%, que superou mesmo a subida da oferta (11,7%).
A América Latina também cresceu em Maio, mas apenas 0,6%, ao passo que a América do Norte cedeu 1,9%.
No balanço dos primeiros cinco meses do ano o cenário repete-se. A procura da carga aérea internacional cai 1,9%, mas na Europa a quebra chega aos 4,9% e na Ásia-Pacífico atinge os 4,4%. A América do Norte perde 2,6% e a América Latina está a zeros.
Salva-se o Médio Oriente, com um crescimento de 14%, o que na prática quer dizer que as companhias da região têm “apanhado” cerca de metade do aumento da carga aérea internacional gerado em 2012.
Em termos gerais, sublinha a IATA, o transporte de carga aérea cresceu apenas 1,5% desde que bateu no fundo, no último trimestre do ano passado. E com a fraca procura e o aumento da oferta, a taxa de ocupação da capacidade caiu para a casa dos 45%.
Nas passagens, a situação é diversa, com um crescimento acumulado de 4,9% no tráfego internacional, nos primeiros cinco meses do ano. O Médio Oriente lidera destacado, e o pior resultado é da América do Norte.