O mercado mundial de carga aérea entrou 2025 ainda a crescer, mas mais devagar e com as receitas em baixa, divulgou a IATA.
Em Janeiro, o mercado mundial de carga aérea, medido em toneladas–km voadas, cresceu 3,2% em termos homólogos.
Janeiro foi, assim, o 18.º mês consecutivo de crescimento dos volumes movimentados, assinalou a IATA. Mas os 3,2% atingidos ficam longe dos dois dígitos alcançados repetidas vezes em 2024, sublinhou.
Do lado da oferta, a capacidade disponível aumentou 6,2% face a Janeiro de 2024, o que se reflectiu numa baixa de 1,5 p.p. na taxa de ocupação, para a casa dos 43,9%.
As receitas ainda cresceram em termos homólogos – acrescentou a associação das companhias aéreas, sem detalhar -, mas face a Dezembro do ano passado verificou-se uma quebra de 9,9%.
As companhias aéreas europeias registaram em Janeiro um crescimento da procura de 1,3%, enquanto a oferta de capacidade cresceu 3,5%. Ainda assim, o load factor foi de longe o melhor do mercado, na casa dos 53,8%.
Entre os principais mercados regionais, a procura cresceu 7,5% na Ásia – Pacífico e 5,3% na América do Norte, mas caiu 8,4% no Médio Oriente.
Antecipando o que aí virá, Willie Walsh, Director-Geral da IATA, citado em comunicado, disse:
“Embora factores externos, como crescimento do comércio, redução dos custos de combustível e expansão do comércio eletrónico permaneçam positivos para a carga aérea, é importante observar de perto a evolução das condições de mercado neste momento. Em particular, a política comercial baseada em tarifas da Administração Trump. Felizmente, a indústria de carga aérea é bem treinada em lidar com mudanças no ambiente operacional”.