O primeiro armazém da Plataforma Logística Lisboa Norte (PLLN), em Castanheira do Ribatejo, deverá estar concluído no início de 2021.

A MERLIN Properties anunciou hoje o arranque da construção do primeiro armazém da Plataforma de Lisboa Norte, com uma área locável de cerca de 45 mil metros quadrados. A obra inicia-se quase 14 anos volvidos sobre a apresentação da plataforma de Castanheira do Ribatejo, uma das duas plataformas urbanas previstas no Portugal Logístico.
A promotora espanhola, que há poucos dias se estreou na Bolsa de Valores de Lisboa, avança que a plataforma já atraiu o interesse de várias empresas, e que a construção de futuros armazéns logísticas avançará à medida da procura. O projecto global abarca 225 mil metros quadrados e deverá representar um investimento de 147 milhões de euros, refere.
“Com Lisboa Norte marcamos a diferença no mercado logístico português, tradicionalmente atomizado, em benefício de uma maior concentração de metros quadrados disponíveis adaptados a todas as necessidades dos operadores actuais. Além disso, trata-se de um empreendimento sem precedentes no mercado português, que oferece a oportunidade para criar projectos chave na mão para as principais empresas de e-commerce e operadores nacionais e internacionais”, comentou João Cristina, responsável da MERLIN Properties, citado no comunicado emitido a propósito.
O desenvolvimento da Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo inscreve-se no Plan Best III da MERLIN, que prevê acrescentar meio milhão de metros quadrados ao portefólio actual, onde avulta a Zona de Actividades Logísticas do Porto de Barcelona.
Plataforma anunciada há 14 anos
Foi em Maio de 2006 que o Governo liderado por José Sócrates apresentou, no Porto, o programa Portugal Logístico, que previa uma rede de 12 plataformas logísticas. Destacavam-se, pela sua dimensão, a plataforma do Poceirão e a de Castanheira do Ribatejo.
Apesar das promessas de grandeza, a Plataforma Logística Lisboa Norte não passou, até ao momento, das obras de infra-estruturação e dos acessos viários, estes pagos pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
O desenvolvimento do projecto foi inicialmente assumido pela Abertis Logística e passou depois para a Saba Infraestruturas. Mas uma e outra não lograram atrair interessados que viabilizassem a construção de armazéns logísticos.
Agora, a MERLIN anuncia um novo impulso, que poderá beneficiar, e ser beneficiado, pelo projecto que o Grupo ETE está a desenvolver paredes-meias de criação de um terminal fluvial que deverá ser complementar ao porto de Lisboa.