Os navios “verdes”, movidos a metanol ou a GNL, são cada vez mais os preferidos pelos armadores no momento de renovarem/aumentarem as suas frotas e representam já cerca de 40% do total de encomendas de porta-contentores.
De acordo com a Alphaliner, desde o início do ano corrente apenas 8% das encomendas de porta-contentores, em termos de capacidade, cerca de 380 mil TEU, correspondem a navios movidos a fuel. O metanol e o GNL são as energias preferidas para todos os demais navios.
Em termos acumulados, estão encomendados 198 navios dual fuel a GNL, com uma capacidade agregada de 2,3 milhões de TEU, ou cerca de 30% da carteira global de encomendas.
Encomendas de navios dual fuel a metanol, a Alphaliner referencia 68, num total de 930 mil TEU, equivalentes a 12% do total.
A transição energética do sector começou pelo GNL, com as primeiras encomendas a serem colocadas no segundo semestre de 2020, mas hoje o metanol parece ser o preferido como combustível de futuro, com 48% das encomendas no segundo semestre do ano passado e 62% neste arranque de 2023 (sempre em termos de capacidade).
“Os números mostram que a revolução verde no shipping de contentores está definitivamente lançada”, com os operadores a usarem o dinheiro ganho nos dois últimos anos para “renovarem as suas frotas para a transição energética”.
A Maersk tem sido até ao momento a campeã da opção pelo metanol, mas essa posição poderá ser em breve ameaçada pela CMA CGM (a campeã do GNL), a confirmar-se a encomenda de seis navios de 16 000 TEU dual fuel a metanool.