Os navios alimentados a metanol contratados no ano passado superaram, pela primeira vez, as encomendas de navios a GNL, calcula a DNV. Pela primeira vez também registaram-se encomendas de navios a amónia.
Entre os 1 281 navios contratados no ano passado, 298 serão alimentados a combustíveis alternativos, num crescimento homólogo de 8%. Navios a metanol contaram-se 138 (foram apenas em 2022), entre novas construções e reconversões.
Os navios a GNL ficaram-se pelas 130 encomendas (longe das 222 do ano anterior), mas ainda com a supremacia tratando de novas construções, e o suficiente para superar a fasquia das mil encomendas acumuladas, sempre de acordo com os dados coligidos pela DNV na sua plataforma de Alternative Fuels Insights (AFI).
Ainda em 2023 apenas foram encomendados cinco navios a hidrogénio, contra os 13 registados um ano antes.
Os porta-contentores dominaram nas encomendas de navios alimentados a combustíveis alternativos, com 106 unidades a metanol e 48 a GNL.
O imperativo de redução das emissões poluentes está a motivar os armadores a escolherem combustíveis alternativos para os seus navios, e daí o aumento das encomendas, que representam já cerca de 44% da actual carteira de encomendas.
Ainda assim, os dados da DNV mostram que há ainda um longo caminho a percorrer. Os navios alimentados a combustíveis alternativos representam apenas 1,97% da frota em operação. Mas não se trata apenas de construir os navios. Será preciso disponibilizar os combustíveis.
“À medida que navegamos em direção a um futuro marítimo mais verde, a crescente procura por navios com combustíveis alternativos fala por si”, comentou Knut Ørbeck-Nilssen, CEO Marítimo da DNV. “Esses pedidos enviam sinais cruciais aos fornecedores de combustível e outros parceiros importantes na caminhada para a descarbonização do transporte marítimo. Embora seja claro que a transição tecnológica dos combustíveis marítimos já está em curso, precisamos agora de garantir que os combustíveis que alimentam estes motores estejam disponíveis”, avisou.