O aluguer de veículos ao Metro do Porto poderá ser uma das soluções para reduzir o investimento no Metro do Mondego. A sugestão terá sido ontem avançada na reunião entre autarcas e representantes da Refer destinada a redefinir o projecto.
Três meses é o prazo para encontrar uma solução que compatibilize a concretização do projecto do Metro do Mondego com as restrições orçamentais impostas pelo Governo e pela crise. Do lado das autarquias de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, as abrangidas pelo traçado previsto, há disponibilidade para proceder a cortes, mas também há mínimos de que não abdicam.
A avaliar pelas declarações dos autarcas envolvidos, o Metro do Mondego terá de ser mesmo um metropolitano (de base ferroviária, portanto) e igualmente terá de ser construído na totalidade – não se separando o ramal da Lousã do percurso urbano previsto.
Negociável será o prazo para a concretização das obras, que poderá ser mais lento do que o inicialmente previsto. E também alguns aspectos de pormenor, nomeadamente a concepção das estações, tentando embaratecer a sua construção.
Quanto à contratação do material circulante, o edil de Coimbra alvitrou a hipótese de recorrer ao aluguer de composições ao Metro do Porto. “Sabemos, por exemplo, que o Metro do Porto tem neste momento um número excedentário de composições. Em vez de lançarmos já um concurso de aquisição, poderíamos, numa fase inicial, pensar num aluguer dessas composições”, afirmou João Paulo Melo, citado pelo “Público”.