Em 2010, as receitas de bilheteira cobriram 75% dos custos operacionais director do Metro do Porto. Para este ano, prevê uma quebra de mais de 20% nos custos operacionais.
Ainda assim, a situação da Metro do Porto não pára de degradar-se. No final do último exercício, o passivo acumulado atingiu os 3,45 mil milhões de euros. Desse montante cerca de metade, 1 770 milhões de euros, resulta do investimento em infra-estrutura.
O problema é quase tão velho como o projecto do Metro do Porto, mas ainda assim Ricardo Fonseca, o presidente da empresa, relembra-o uma vez mais a propósito das contas de 2010. “O investimento em infra-estruturas ascende a 2 555 milhões de euros tendo sido o financiamento não reembolsável obtido de apenas 758 milhões de euros, de onde resulta uma dívida de 1 770 milhões de euros”.
Acrescem 250 milhões de euros para pagar a operação do sistema, 65 milhões para a gestão do projecto e 365 milhões de encargos financeiros. Só em 2010, os resultados financeiros foram negativos em cerca de 100 milhões de euros.
No ano passado, a taxa de cobertura dos custos operacionais pelas receitas operacioinais aumentou de 60% para 75%. Em 2011 o rácio poderá ser ainda melhorado, uma vez que o orçamento prevê um corte de mais de 20% nos gastos operacionais.
Ainda assim, continuará a faltar dinheiro para a Metro do Porto fazer face aos seus compromissos. A solução fica à espera do novo Governo e da nova administração da empresa que, já se sabe, não será presidida por Ricardo Fonseca.