A rede do Metro do Porto deverá crescer em sete linhas, 38 quilómetros e 36 estações, num investimento de 1,3 mil milhões de euros a dez anos.
Mesmo sem a prevista cerimónia pública, a Área Metropolitana do Porto anunciou hoje o plano de expansão do Metro do Porto já remetido ao ministro do Ambiente.
Em causa está a extensão da rede por mais 38 quilómetros, no interior da cidade do Porto mas também nas ligações aos concelhos limítrofes, com linhas há muito previstas ou reclamadas e outras absolutamente novas, combinando a solução sobre carris com a opção BRT ou metrobus.
Entre as ligações propostas – e decididas – estão a nova ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia, com mais uma ponte sobre o Douro a montante da da Arrábida, e o BRT entre o ISMAI (Maia) e a Trofa. Juntam-se-lhes a linha entre Porto – Campanhã e Gondomar, a linha entre São Mamede (Matosinhos) e o Porto – Hospital de São João, a linha da Boavista (BRT), uma nova ligação na Maia e o prolongamento da “linha circular” do Porto entre a Casa da Música e a zona das Antas.
O desenho da rede foi feito com base nos estudos de viabilidade realizados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, claro, nas aspirações dos municípios envolvidos.
O investimento previsto é de 1,3 mil milhões de euros. Cerca de 860 milhões de euros já estarão garantidos pelo PNI 2030, sustenta Eduardo Vítor Rodrigues, o presidente da AMP. Outros cerca de 300 milhões virão do Plano de Resiliência e Relançamento. Faltará conseguir o restante.
Comentando a proposta, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, já disse que a expansão é mesmo para ser feita em dez anos, com as primeiras obras a poderem avançar já em 2021.
A rede actual do Metro do Porto conta 67 quilómetros e seis linhas.