Os concursos para os projectos da linha do Metro do Porto Casa da Música – Santo Ovídeo e do metrobus Império – Boavista serão lançados sexta-feira e a 21 de Maio, respetivamente.
A informação relativa à nova linha Porto-Vila Nova de Gaia e ao metrobus para a zona ocidental do Porto foi avançada pelo presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, na reunião do Executivo portuense de hoje.
A ligação de BRT (Bus Rapid Transit] Império – Boavista, no Porto, terá uma extensão de 3,7 quilómetros e sete paragens, ligando à rede actual na estação Boavista, com rebatimento na estação Casa da Música, e representará um investimento de 66 milhões de euros.
“A Galiza já será servida no início da Circular, na linha Rosa, por outro lado, o Campo Alegre acaba por estar implantado num ponto que acaba por servir as faculdades de Ciências, Letras e Arquitetura”, disse Tiago Braga, justificando a opção Império – Boavista, em detrimento da linha do Campo Alegre.
Nesta altura, indicou, estão a ser desenvolvidos os trabalhos de implantação “em termos de perfis e de adaptação e customização ao território”.
O metrobus (canal dedicado à superfície) da Zona Ocidental do Porto vai percorrer a parte superior da Avenida da Boavista e Avenida Marechal Gomes da Costa, até à Praça do Império, não estando prevista, nesta fase, a continuidade para Matosinhos.
Com seis novas estações e ligação à rede nas estações Casa da Música e Santo Ovídio, a “segunda linha de metro de Gaia”, como é conhecida, terá uma extensão de 6,77 quilómetros, representado um investimento na ordem de 298,7 milhões de euros.
“Quando começámos a desenvolver as soluções, verificámos que uma percentagem muito significativa da procura no eixo Campo Alegre concentrava-se entre Galiza e Jardim Botânico, com particular ênfase entre a estação da Galiza e a do Campo Alegre, e aí começámos a ter um nó, e essa estação do Campo Alegre, que é a segunda linha de Gaia, que vai entre a Casa da Música, Devesas e Santo Ovídio”, explicou Tiago Braga.
O novo troço obrigará à construção de uma ponte sobre o Douro, cujo concurso de ideias foi lançado a 16 de Março.
A nova travessia que vai nascer a cerca de 500 metros a nascente da Ponte da Arrábida, representa um investimento na ordem dos 50 milhões de euros e vai ligar o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Gaia.
Representando uma parte obrigatória da nova linha de Metro que ligará a Casa da Música e Santo Ovídio, a nova travessia, que faz interface com os comboios na estação de Devesas, em Gaia, será executada entre 2023 e 2026, em simultâneo com a nova linha.