O projecto de expansão da rede do Metro do Porto prevê a construção de mais 30 quilómetros. A concessão será feita por um prazo de 35 anos.
O Conselho de Administração da Metro do Porto já aprovou todo o processo do concurso para a construção da segunda fase da rede e a exploração e manutenção de todo o sistema. A palavra final cabe agora ao Governo.
O processo prevê a construção de mais cerca de 30 quilómetros de linhas, num investimento estimado em 1,2 mil milhões de euros. A que acrescem uns 1,8 mil milhões para a manutenção de toda a rede (serão então cerca de 100 quilómetros), por um prazo de 35 anos.
O investimento será assumido por privados, que receberão da Metro do Porto uma renda anual pela disponibilidade da infra-estrutura.
As novas linhas previstas são a linha de Campo Alegre (entre Matosinhos Sul e a estação de São Bento, no centro histórico da cidade, passando pelo pólo universitário do Campo Alegre), a linha de São Mamede (destinada a ligar a zona da Senhora da Hora, em Matosinhos, à zona do Hospital de São João e pólo universitário da Asprela, no Porto), a linha de Valbom (entre o Porto-Campanhã e Gondomar, pela zona nascente daquele concelho limítrofe) e o prolongamento da Linha Amarela (em V.N. Gaia, entre Santo Ovídeo e a urbanização de Vila d’Este).
O dossier aprovado contempla os anteprojectos das linhas, as declarações de impacte ambiental (o atravessamento do Parque da Cidade foi um pontos sensíveis), o caderno de encargos e o programa do concurso.
A Metro do Porto tem um passivo acumulado de dois milhões de euros.
A concretização da segunda fase só será possível com o envolvimento directo do Estado ou com a alocação de fundos comunitários. A Norte, várias vozes têm defendido a transferência para o Metro do Porto das verbas de Bruxelas inicialmente previstas para as linhas de AV Porto-Vigo e Lisboa-Porto.