A Metro Mondego, responsável pelo Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), apenas executou 49,8% daquilo que tinha programado para 2022.
Segundo o Relatório e Contas de 2022, a Metro Mondego executou apenas 3,1 milhões de euros de um total de 6,3 milhões de euros previstos no Plano de Actividades e Orçamento. Em 2021, a empresa executou cerca de 2,5 milhões de euros, também menos de metade do então previsto.
“Importa referir que para este diferencial muito contribuíram sobretudo, mas não exclusivamente, duas limitações verificadas em 2022. Em primeiro lugar, destacam-se os atrasos verificados na publicação da RCM [Resolução do Conselho de Ministros] que autorizou os investimentos estruturais, o que ajuda a explicar, consequentemente, uma dilação muito expressiva na consignação da empreitada de construção do PMO [Parque de Material e Oficinas] e na adjudicação do fornecimento do material circulante”, justifica a Metro Mondego, citada pela “Lusa”
Para além dos atrasos na publicação da resolução do Conselho de Ministros, a empresa aponta também como factores que contribuíram para a reduzida taxa de execução “os atrasos verificados na execução da empreitada da Baixa de Coimbra”.
Na mensagem do presidente da Metro Mondego, João Marrana realça também as dificuldades associadas à “conjuntura bastante adversa” face à guerra na Ucrânia.
Apesar dos constrangimentos, o responsável sublinha que 2022 “foi, sem qualquer margem para dúvidas, um dos períodos da história do SMM em que se registou uma actividade mais intensa”.
“Estamos crentes que, com a progressiva concretização destas intervenções, os habitantes da região de Coimbra começam finalmente a acreditar neste projecto, que é de importância vital para a qualidade de vida da população, para o desenvolvimento do território e para a sustentabilidade global”, vinca João Marrana no Relatório e Contas publicado recentemente na página de Internet da Metro Mondego.
O presidente sublinha ainda que 2023 ficará também marcado pelo início do processo de contratação de recursos humanos necessários à operação do sistema, o lançamento de concursos relativos à manutenção de infra-estruturas, limpeza de veículos, fiscalização de passageiros e concessão de publicidade.
“Igualmente relevante é o caminho que será necessário percorrer para oferecer uma tarifa intermodal comum, condição ‘sine qua non’ para maximizar o impacto do SMM na mobilidade regional”, diz.