A Infraestruturas de Portugal (IP) pode retomar uma obra essencial ao arranque da operação do Metro Mondego, depois de o tribunal ter levantado o efeito suspensivo de uma disputa sobre o concurso.
O Tribunal Central Administrativo Sul anulou a decisão que mantinha o efeito suspensivo da adjudicação da empreitada de fornecimento e instalação das guardas de segurança no troço Serpins [Lousã] – Alto de São João [Coimbra] do Metro Mondego, contestada por um concorrente preterido.
O concurso foi lançado pela IP em Julho de 2023, com um preço base de seis milhões de euros e um prazo de realização de 180 dias. A instalação das guardas de segurança é essencial à certificação e operação regular do Metro Mondego. A suspensão do processo de adjudicação ditou o adiamento por tempo indefinido da entrada em funcionamento do sistema (prevista para o final do ano corrente).
A partir daqui, a IP pode retomar o processo, mas a contratualização da empreitada terá ainda de esperar pelo visto do Tribunal de Contas.
Considerando o prazo de 180 dias para a realização dos trabalhos, já não será no primeiro semestre de 2025 que o Metro Mondego começará a operar. Entretanto, os autocarros eléctricos adquiridos permanecem estacionados numa das estações de recolha da STCP, no Porto.
O Metro Mondego irá ligar Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, em via dedicada, combinando uma operação suburbana (entre os três concelhos) e uma operação urbana na cidade de Coimbra.