O Governo autorizou a Metro Mondego a repartir os encargos com a manutenção dos sistemas técnicos do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
De acordo com uma portaria publicada hoje em Diário da República, a Metro Mondego fica responsável pela repartição, até 2028, de cerca de 3,3 milhões de euros (acrescido de IVA) relativos à manutenção dos sistemas técnicos.
Segundo a publicação, a concepção, fornecimento e instalação dos sistemas técnicos, no valor de 16,5 milhões de euros, será da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal.
O SMM “consiste na implementação de um ‘metrobus’, utilizando veículos eléctricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra”, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.
A Metro-Mondego SA, é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, constituída em 1996, a quem o Estado atribuiu, “em exclusivo, a concessão, em regime de serviço público, da exploração de um sistema de metro ligeiro de superfície nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã [designado Sistema de Mobilidade do Mondego]”.
Das quatro empreitadas que integram o projeto do SMM, está em curso a obra do troço entre Serpins, na Lousã, e o Alto de São João, em Coimbra, e a abertura da Via Central, no espaço urbano da Baixa da cidade.
A Comissão Europeia aprovou a contribuição financeira de 60 milhões de euros que estava prevista para fazer avançar o SMM, anunciou o Governo, em Janeiro.
Em Maio, a Metro Mondego deliberou a abertura de um concurso público para a compra de 40 autocarros eléctricos e sistema de carregamento de baterias, num investimento orçado em 39,5 milhões de euros, acrescidos de 19,1 milhões de euros para a manutenção dos veículos e do sistema de carregamento durante a sua vida útil (15 anos).