A Infraestruturas de Portugal anunciou o concurso para a construção do troço urbano, em Coimbra, do “Metrobus” do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) avança que a empreitada a concurso compreende a adaptação da ferrovia da Lousã entre a Portagem e o Alto de São João, na cidade de Coimbra, a canal de BRT, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), baseado em autocarros eléctricos, vulgarmente identificado por ‘Metrobus’.
A obra, que envolve um investimento global de 31 milhões e 765 mil euros (preço base do concurso), também compreende importantes intervenções na Adutora da Boa Vista e Drenagem Pluvial do Vale da Arregaça, em Coimbra, estas da responsabilidade das empresas Águas Centro Litoral e Águas de Coimbra, que implicam custos de quase sete milhões de euros e de mais de meio milhão de euros, respectivamente.
A parte da obra que diz respeito à empresa IP, que envolve um investimento de 24 milhões e 320 mil euros, integra uma candidatura a fundos comunitários, para uma comparticipação de 85%, no âmbito do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
A empreitada, cujo concurso público foi lançado pelas três entidades envolvidas (Infraestruturas de Portugal, Águas Centro Litoral e Águas de Coimbra), tem um prazo de execução de 545 dias.
O projecto de “adaptação da infra-estrutura ferroviária existente no troço urbano do ramal da Lousã, de forma a possibilitar a criação de um serviço de transporte em autocarros de alta capacidade em canal próprio, tipo BRT“, exige, designadamente, o “levantamento das estruturas ferroviárias existentes”, o “tratamento e adaptação da plataforma ferroviária”, melhoria da drenagem e estabilização de taludes e estruturas de contenção.
A “adaptação dos arruamentos ao canal existente (plataforma) e novo perfil transversal tipo”, a “integração urbana e tratamento paisagístico e adaptação da iluminação pública”, a execução de plataformas de passageiros e a construção de canal técnico são, ainda de acordo com a IP, outros dos trabalhos previstos.
O SMM foi a solução adotada pelo Governo, em 2015, para oferecer “uma resposta adequada às necessidades de mobilidade das populações”, na sequência da desactivação do ramal da Lousã, há mais de uma década, para dar lugar à criação de um metropolitano ligeiro de superfície em Coimbra e área directamente servida pela ferrovia (concelhos de Coimbra, da Lousã e de Miranda do Corvo).