A extensão da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa vai custar 322 milhões de euros e deverá estar concluída em 2025/2026. A Mota-Engil e a Spie Batignolles executarão a obra.
A Metropolitano de Lisboa aprovou a adjudicação da concepção e construção da extensão da Linha Vermelha, entre São Sebastião e Alcântara, à Mota-Engil – Engenharia e Construção e à Spie Batignolles Internacional, por 321,9 milhões de euros (mais IVA), anunciou em comunicado.
O concurso foi lançado em Fevereiro passado, com um preço base de 330 milhões de euros, tendo-se apresentado cinco candidaturas.
O custo total elegível para a realização da obra é de 405,4 milhões de euros, previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) 2021-2026, e conta com um financiamento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões.
A assinatura do contrato “ocorrerá decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente, nos termos do regime fixado no Código dos Contratos Públicos”, acrescenta a Metropolitano de Lisboa.
A extensão da Linha Vermelha compreende mais cerca de quatro quilómetros de linha e quatro novas estações: Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, onde fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).
Segundo a operadora, “estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos actuais utilizadores do transporte coletivo”.
A procura captada aos actuais utilizadores de transporte individual “representa 11,8%”, correspondendo a menos 3 700 viaturas individuais a circular diariamente, “com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos actuais utilizadores” e, considerando a análise a 30 anos, “as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2”, adiantou a empresa.
“Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil toneladas de CO2 equivalente (CO2) no primeiro ano de operação”, é referido.
O Metropolitano tem a “expectativa” de que a extensão da Linha Vermelha “seja uma realidade em 2025/2026”.
A extensão da Linha Vermelha pressupõe que, em paralelo, seja instalado um novo sistema de sinalização (CBTC – Communications-based train control) entre as estações do Oriente e de São Sebastião, bem como em 41 unidades triplas existentes, num investimento global de 24 milhões de euros.