O Metropolitano de Lisboa (ML) registou, em 2019, prejuízos de 16,8 milhões de euros, uma melhoria face aos 7,8 milhões de euros negativos de 2018.
O volume de negócios atingiu os 118,8 milhões de euros, um crescimento de 3,7% em termos homólogos, indicou o Metropolitano de Lisboa, que registou uma queda na compra de títulos ocasionais de 8,1%, devida sobretudo à “transferência da sua utilização para os passes face aos preços mais atractivos para os clientes”.
Os títulos ocasionais são os que conferem “uma maior receita média por passageiro” e o seu decréscimo “tem impactos significativos e directos na receita esperada”, sendo que o aumento de procura dos passes origina “um incremento dos gastos de operação”, ressalvou a empresa.
Para compensar este efeito, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) assegurou uma verba de quatro milhões de euros a título de pagamento por conta ao ML, o que aumentou a receita tarifária da empresa em 4,3%, lê-se no relatório e contas.
No ano passado, o ML transportou 173 milhões de passageiros, um crescimento de 9% em relação a 2018, tendo em conta as validações efectuadas nesse período.
A empresa adiantou ainda que os seus gastos operacionais caíram em cerca de 4,3 milhões de euros, para 144,9 milhões de euros, em relação a 2018, sendo que os gastos com pessoal cresceram 1,6% no ano passado, uma variação relacionada com novas contratações (36 novos efectivos) e com o impacto da reposição de alguns direitos previstos na regulamentação colectiva de trabalho.
A dívida da empresa, de curto, médio e longo prazo, fixou-se nos 3 .440 milhões de euros, uma redução de cerca de 9% em relação ao registado em 2018.
A empresa recordou ainda que “as contas de 2014, 2015, 2016, 2017, 2018” não foram ainda “aprovadas pelo accionista [Estado]” e por isso, “não foram transmitidas à empresa recomendações específicas que mereçam referência neste ponto”.