Sem a ajuda do Estado a TAP não sobreviverá, mas se o Estado colocar mais dinheiro na empresa – e os privados não – então “a música” será outra, avisa o ministro das Infraestruturas.
Pedro Nuno Santos afirmou hoje, no Parlamento, que “qualquer intervenção pública” na TAP “implicará que o Estado português” acompanhe “todas as decisões que serão tomadas” nos próximos tempos na companhia aérea.
“Qualquer intervenção do estado soberano na TAP implicará que o Estado português, através do Governo, acompanhe todas as decisões que serão tomadas nos próximos tempos com impacto relevante na vida e no futuro da empresa”, afirmou o governante.
Pedro Nuno Santos acrescentou que o Governo está a avaliar o pedido de ajuda apresentado pela TAP, mas também outros cenários, não descartando a nacionalização. “A música agora é outra no que diz respeito à TAP”, afirmou, sublinhando que a companhia aérea, “sem intervenção pública, não tem qualquer possibilidade de sobreviver”.
“É bom que todos sejamos conscientes que a nossa missão será salvar a TAP e não nenhum accionista em particular. Obviamente que estamos disponíveis e interessados que os nossos parceiros na empresa acompanhem qualquer intervenção na empresa, mas têm de acompanhar”, caso contrário isso terá “necessariamente consequências na relação societária” da empresa, alertou.
A TAP pediu garantias estatais para dois financiamentos de até 350 milhões de euros, por causa da crise da Covid. O ministro duvida que aquele montante seja suficiente e fez questão de sublinhar que, na sua opinião, a prestação de garantias significa, na prática, colocar dinheiro na empresa que, ainda por cima, acusou, já não estaria a ser bem gerida.
“Não é por eu ser ministro que vou passar a dizer que a empresa foi bem gerida. Eu faço uma apreciação já negativa dos resultados que a nossa empresa TAP já vinha a apresentar antes da Covid-19. Eu acho que a empresa TAP, já antes da Covid-19, não estava bem, que a empresa não estava a ser bem gerida antes da Covid-19, pronto está dito aquilo que eu acho”, afirmou Pedro Nuno Santos.
Questionado pelo deputado do CDS-PP João Gonçalves Pereira sobre o futuro da companhia aérea e uma possível nacionalização, à qual o partido se opõe, o ministro foi ainda mais contundente:
“O senhor deputado está a dizer que um empréstimo de 350 milhões de euros, um empréstimo do povo português, vai resolver os problemas da TAP. E se a empresa não puder pagar, o empréstimo é de quem? Eu digo-lhe, eu vou-lhe dizer: é o povo português que paga, percebe? E se é o povo português que paga, é bom que seja o povo português a mandar”, respondeu.
“Se nós [Estado] injectarmos centenas de milhões de euros na TAP, o que é que acha que acontece à relação societária, se o privado não acompanha? Não vamos aqui com rodriguinhos! O Estado mete lá dinheiro, metemos um cêntimo, o privado não mete lá nenhum, o que é que acontece? O Estado fica com papel maioritário”,
insistiu o ministro.
Os “350 milhões de euros não resolvem os problemas da TAP. O privado que diga lá a verdade toda de quanto precisa até ao final do ano”, reforçou.

Este desgoverno PS envergonha Portugal, o António Costa e o Pedro Santos em vez de solucionarem o problema da TAP através de NAL – novo aeroporto Lisboa insistem na solução terminal no Montijo que a cml prazos impossibilitam a TAP de crescer o necessário para sobreviver pq o terminal no Montijo impossibilita a utilizar os maiores aviões de longo curso como os
A 330 neo nas rotas transatlânticas, assim com tanta incompetência PS é impossível
… como os aviões equivalentes aos da classe A330 neo …
Concordo com Luís Pereira; mais: não deveremos esperar pelo pos-covid 19 o tempo suficiente para avaliar se será necessário um aeroporto complementar à Portela consoante a suficiente (ou não) recuperação do turismo “aério”? serei demasiado pessimista considerando que “nada será como dantes” no que a turismo diz respeito? não será a Portela mais que suficiente para “o que aí vem”?
TAP: alguém me saberá informar qual a diferença entre fretar um avião da TAP ou um estrangeiro para repatriar emigrantes se necessário?Em voos transatlanticos falo com conhecimento de causa: era
mais barato viajar directo para o Brasil na LATAM ou AZUL, com melhor serviço; o mesmo para alguns destinos nos USA.
Não temos navios (de passageiros) nem comboios minimamente decentes para viagens internacionais a partir de Portugal; necessitaremos efectivamente de uma companhia aérea comparticipada pelos contribuintes portugueses que só tem dado prejuízos financeiros com o descaramento de mesmo assim dar gratificações a alguns “escolhidos”?
Não estou a sugerir o fim da TAP, mas com dinheiro dos contribuintes NÂO.