As exportações portuguesas de mobiliário aumentaram para o valor recorde de quase mil milhões de euros no primeiro semestre, mais 9% do que no período homólogo de 2020 e 5% acima de 2019, anunciou hoje a associação sectorial.
Em comunicado, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) refere que este resultado “confirma as perspectivas de retoma do crescimento que o cluster vinha a registar na última década, mesmo com os impactos da pandemia”.
Os números “revelam a consolidação da tendência de afirmação internacional dos sectores, com destaque para os mercados francês, espanhol e americano”, acrescenta.
França, responsável por 33,84% das exportações nacionais, importou mais 6,66% face ao igual período em 2021, seguindo-se Espanha, com uma quota de 24,6%. Já o mercado americano manteve-se como o terceiro mais relevante, ao registar uma variação homóloga de 38,66%, seguindo-se a Alemanha (4,70%) e o Reino Unido (20,42%).
Citado no comunicado, o presidente da APIMA afirma-se “satisfeito com os resultados alcançados, numa conjuntura particularmente desafiante, pautada pela escassez de matérias-primas, pelos custos de produção e de transporte”.
“Não podemos, contudo, acreditar que estas condicionantes não afectarão seriamente a actividade económica deste cluster”, ressalva Joaquim Carneiro.
“Por outro lado, a retoma dos grandes certames internacionais, como a Maison&Objet, a Tortona Design Week ou o Portugal Home Week, está a revelar-se extremamente positiva para o cluster, ao permitir que apresente a excelência da produção nacional e a complementaridade da sua oferta internacionalmente”, acrescenta, salientando tratar-se de “um cluster altamente exportador e que vê nas feiras uma enorme possibilidade de fechar negócios com os seus clientes”.
Até Junho, o saldo da balança comercial do sector “manteve-se substancialmente positivo”, nos 401 milhões de euros, com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 169%, “com cerca de 90% da produção a ser destinada aos mercados estrangeiros”, remata a associação.