Técnicos de Moçambique e do Malawi vão efectuar estudos de viabilidade e de impacto ambiental para determinar se o rio Zambeze é ou não navegável, acordaram sábado, em Maputo, os presidentes dos dois países vizinhos, informou o “Notícias”.
A navegação no rio Zambeze chegou a gerar mal-entendidos entre os dois países, na sequência da tentativa do Malawi de testar unilateralmente a navegabilidade a partir do porto de Nsage, no Malawi, até ao distrito de Chinde, na Zambézia, alegadamente para reduzir os custos das importações através dos portos de Nacala e Beira.
Recentemente a anglo-australiana Rio Tinto apresentou ao governo de Maputo um relatório de avaliação do impacto ambiental e social da navegabilidade do rio Zambeze, documento que foi rejeitado pelas autoridades, por ser inconclusivo e não responder a questões importantes, nomeadamente a como limitar os efeitos nocivos decorrentes do transporte fluvial de carvão.
No sábado, os ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique e do Malawi, Oldemiro Balói e Ephaim Chiume, respectivamente, disseram ter ficado igualmente assente que os dois países passarão, doravante, a fazer uma abordagem conjunta sobre os aspectos relacionados com a navegabilidade do Zambeze.
Garantiram também que o Banco Africano de Desenvolvimento já manifestou a disponibilidade para financiar a realização dos respectivos estudos técnicos.