O governo de Moçambique já identificou duas empresas interessadas em construir a linha de caminho-de-ferro que ligará o Norte ao Sul do país, numa extensão de 3 800 quilómetros, anunciou o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
O ministro, citado pelo moçambicano “O País”, não divulgou o nome das empresas, mas garantiu que os estudos de viabilidade económica da linha férrea serão apresentados ainda este ano.
Em simultâneo com a apresentação dos estudos de viabilidade económica realizados por cada uma das empresas candidatas a executar as obras serão igualmente
conhecidos pormenores sobre a data de início da construção e os custos envolvidos.
O jornal menciona números anteriormente revelados que dão conta que a factura a pagar para a construção da linha de caminho-de-ferro entre o Norte e o Sul do
país, e que ligará com as linhas já existentes entre o Interior e o Litoral, criando uma rede ferroviária, rondará os 20 mil milhões de dólares.
O projecto prevê também ligações aos portos existentes e aos que estão em preparação para serem construídos nos próximos anos.
Note-se a propósito que a portuguesa Mota-Engil tem estado envolvida em alguns dos principais projectos ferroviários em Moçambique, nomeadamente a modernização da Linha do Sena e a construção e modernização do Corredor de Nacala para a Vale Moçambique. Mais recentemente, ganhou, em parceria com uma construtora chinesa, a construção da linha Moatize-Macuse.