Sete mil milhões de dólares é o investimento previsto no porto de águas profundas de Techobanine, cujas obras deverão arrancar em 2012.
Os governos de Moçambique, Zimbabué e Botswana assinaram um memorando de entendimento para o desenvolvimento do projecto de construção de um porto de águas profundas em Techobanine, no distrito de Matutuíne, província do Maputo, bem como uma linha de caminho-de-ferro de interligação, de acordo com o “Notícias”, de Maputo.
Dados divulgados na assinatura do memorando indicam 2012 como o ano provável do arranque do empreendimento, que tem um custo avaliado em sete mil milhões de dólares, e cuja construção durará cerca de quatro anos, devendo o porto ser erguido num terreno com 30 mil hectares, 11 mil dos quais destinados a unidades industriais.
Ainda de acordo com o “Notícias”, o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, referiu que, em princípio, o sector privado garantirá a disponibilidade de fundos para a execução do projecto
Entre as várias mercadorias previstas para este corredor, que se pretende seja a espinha dorsal de transporte da região, figuram o gás, produtos agrícolas, adubos e minérios, com destaque para o carvão mineral, bem como petróleo em rama e seus derivados.
A construção desta infra-estrutura tem sido equacionada desde o tempo colonial, tendo o projecto sido retomado em 1999, altura em que foi assinado um acordo entre o governo de Moçambique, a empresa Port Development Dobela e a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, entendimento que estabeleceu os princípios para a sua materialização.