O chairman da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, disse hoje que a empresa está preparada “para pôr os caterpillars a trabalhar” no Montijo “já no mês de Abril”.
José Luís Arnaut, que participou no webinar‘ “Haverá retoma sem transporte aéreo?”, promovido pelo JE e pela consultora BDC, sublinhou a inteira disponibilidade da ANA para arrancar com a obra no Montijo, que considerou importante para evitar os constrangimentos sentidos em 2019.
“Sabemos que há obstáculos colocados por algumas câmaras municipais por razões políticas”, apontou, frisando a necessidade de se rever a lei que permite que um único município ponha em causa obras “de interesse nacional”.
“Só voltaremos a ter retoma económica, primeiro, se tivermos a retoma do turismo e, para haver retoma do turismo tem de haver transportes aéreos e, para haver transportes aéreos, tem de haver infra-estruturas aeroportuárias”, realçou.
José Luís Arnaut criticou, ainda, a aplicação da taxa de carbono “que implica um aumento de 20% [no preço do bilhete de avião] a cada passageiro”.
“Querem matar o turismo?”, questionou, apelando para que “haja responsabilidade” por parte do Governo. “Não é só moratórias, não é só bazucas, é preciso haver responsabilidade”, concluiu.
O ministro das Infraestruturas disse esta semana que o Governo está a ponderar os moldes em que vai responder à avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto do Montijo, aprovada pelo Parlamento e espera ter novidades “a breve prazo”.
“Há um trabalho de ponderação que estamos aqui a fazer relativamente aos moldes como vamos responder ao que o Parlamento aprovou [avaliação ambiental estratégica do aeroporto do Montijo]”, disse Pedro Nuno Santos, numa audição regimental da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República.
“Esse é um trabalho que a breve prazo espero ter novidades mais concretas para dar”, acrescentou, depois de questionado pela deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua, sobre se o Governo vai fazer essa avaliação ambiental estratégica para construir o novo aeroporto e se vai ou não considerar Alcochete como outra possível localização, uma vez que a avaliação ambiental estratégica prevê a comparação de mais do que uma localização.